
“Com os Titãs aprendi a cantar berrado. Para soar potente com o peso daquele som, os tons escolhidos para as músicas tinham que ser altos, para serem alcançados com mais volume de voz. O desejo era cantar sujo, rasgado, incorporando ruído à voz.” – revela o cantor. “Ao mesmo tempo, sempre norteei meu canto para uma adequação à intenção do que diziam as letras das canções. Como se tentasse expressar com o máximo de clareza o que a canção dizia (lição de João Gilberto).” E continua: “com os Tribalistas senti que devia cantar com mais suavidade, para timbrar junto com as vozes de Marisa e Carlinhos. Ouvir minha voz junto com a deles era muito diferente de me ouvir cantando sozinho e isso me fez aprender muito mais sobre meu próprio canto.”
Arnaldo Antunes apresenta seu novo trabalho dias 20 e 21 (sexta e sábado) no Tom do Sabor. No repertório, além de Hotel Fraternité, lançada no filme Achados e Perdidos (do Joffily), composições inéditas como Para Lá (parceria com Adriana Calcanhotto), O Que Você Quer Saber de Verdade e Contato Imediato (duas parcerias pós-Tribalistas com Marisa e Carlinhos), Qualquer e Num Dia (parcerias com os portugueses Helder Gonçalves e Manuela Azevedo, integrantes da banda Clã, a última também com Chico Salem).
O espaço complementar ao restaurante, formado por uma livraria, um café e um centro de estudos, se chama Tom do Saber e por lá estará disponível também o último livro de Arnaldo Antunes ("Como é que chama o nome disso"). Após o show, o músico abre para bate-papo, e autógrafo de livros. Além de promover lançamentos literários, a casa produzirá com frequencia cursos e seminários, um pouco na linha da Casa do Saber, de São Paulo.
TOM DO SABOR
R. João Gomes, 249, Rio Vermelho - Salvador – Bahia
Tel. 71 3334 3039 / 3334 5677
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